sábado, 30 de outubro de 2010

Aprendendo a esperar

Às vezes me pego pensando em como vai ser daqui a um tempo, como eu vou ser, o que vai mudar, e o que nunca muda. Temos a mania de olhar para o futuro e imagina-lo com os olhos de agora, e nem tem como ser de outra forma, sempre achamos que somos os mesmos, mas a cada dia algo se transforma, isso me faz sentir falta de quem já fui, e odiar quem eu vou me tornar.
Parece que nunca se chega aonde se quer, sempre que penso que alcancei eu vejo que não, ainda falta algo. Mas que raio de algo é esse que eu nunca encontro?!.. o foco muda, eu sei o quanto Nitzcheano isso parece, força de potência, sempre querer mais.. okay, mas isso fica cansativo, onde fica meu porto, quando vou poder sentar, olhar ao meu redor e me sentir completa, satisfeita. Eu não sei.
Agora acho que esse questionamento perdeu o sentido, não tem como se descobrir. Com tudo isso só me resta esperar, porque não sei como, mas sempre parece que as respostas tão em algum lugar do futuro, nunca no presente, e quando esse dia chegar, nem sequer vamos nos dar conta, simplesmente acordamos um dia e descobrimos que entendemos o que antes não fazia sentido, assim, como mágica, O problema é quando esse dia não chega..

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Como escolher?

Ultimamente essa tem sido uma questão bastante presente, acho que em todo mundo. Minha teoria é de que hoje em dia você pode fazer qualquer coisa que você queira, mas não tem como fazer tudo, sem contradizer a si mesmo, e nessa dança toda, aonde fica nosso verdadeiro eu? Vivo me perdendo em mim tentando ser todos os eus que me habitam, e o deveria ser liberdade, vira uma libertinagem muito preciosa, da qual não se quer abrir mão. Mas depois do nirvana aparece o inferno, de não saber o que realmente se quer ser. E desse jeito a vida nos leva, às vezes como um sopro, às vezes como uma tempestade. As escolhas se dão por si só, talves por covadia de enfrentar um perigo pré determinado, ou por excesso de coragem, de nunca se preparar pro que vier a vir, e enfrentar de peito aberto. Não sei se é realmente necessario a mim esse dom de saber o que se quer. As decisões que tomamos, duram ao bel prazer do tempo, não cabe a nós arquitetar o futuro, fazer o que se quer a cada segundo me parece mais sólido do que fazer escolhas que influenciam coisas que estão fora do nosso alcance.